O Apocalipse, Livro da Revelação, vem sendo observado por muitos estudiosos ao longo dos séculos. Sua narrativa única, seus símbolos e a mensagem que comunicam têm sido foco de muitos debates e, não raro, de diversas dúvidas e especulações. A quem seu fascinante conteúdo se endereça? No primeiro capítulo, vemos a dedicatória do Texto Profético às Sete Igrejas da Ásia: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia. Será, porém, que apenas àqueles agrupamentos históricos as palavras do Último Livro da Bíblia Sagrada se destinam?
Com o objetivo de contribuir com essa reflexão, a Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, vem apresentar ao leitor o primeiro tomo de uma série de sete livros: Jesus e as Sete Igrejas da Ásia. Nela, reúne as explicações de um dos maiores estudiosos do Apocalipse na atualidade, o escritor Paiva Netto, acerca das lições contidas nas missivas de Jesus às Sete Igrejas. Neste primeiro volume, a ênfase está nas palavras dirigidas a Éfeso, constantes do Livro da Revelação, capítulo 2, versículos de 1 a 7.

Em uma abordagem clara e didática, Paiva Netto deslinda o atualíssimo conteúdo da Carta de Jesus à Igreja em Éfeso, que possui “lições para nos conduzirmos direito na vida, sobrevivermos às lutas diárias”. A análise ecumênica e pormenorizada da passagem bíblica, versículo a versículo, é o diferencial desta obra que enseja um estudo aprofundado a todos os que têm interesse em desvendar a mensagem do Livro das Profecias Finais.
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As Sete Igrejas na atualidade
Ao discorrer a respeito das comunidades cristãs presentes na dedicatória do Apocalipse, Paiva Netto pioneiramente propõe um entendimento amplo sobre o seu significado no Texto Profético: “Jesus escolheu estas localidades específicas para retratar coletivos universais, destinando-lhes, em qualquer tempo, a Sua Palavra de Amor Fraternal.” Sendo assim, fica claro que o recado endereçado a Éfeso não é exclusivo a um povo em uma determinada época; é ecumênico e atual, pois, como revela a observação atenta do autor, as Sete Igrejas “existem, em diferentes gradações, dentro de nós mesmos”.
É a partir dessa inovadora compreensão que a análise de Paiva Netto busca apresentar o sentido moral da mensagem de Jesus na Carta à Igreja em Éfeso, a fim de alcançar, acima de tudo, sua aplicação prática na vida cotidiana. Ao examinar as qualidades e defeitos presentes nos efésios, o Cristo, além de exaltar o que há de bom, aponta as necessárias e urgentes correções. Se as Sete Igrejas existem dentro de nós mesmos, o que as características dos cristãos em Éfeso representam para a humanidade nos dias atuais? O autor convida a essa instigante investigação, por meio de um estudo minucioso que relaciona aspectos culturais, históricos e geográficos à realidade espiritual e social da humanidade em todos os tempos e lugares.
Nossa relação com a Igreja de Éfeso
Acerca de Éfeso, foco deste primeiro tomo da série, observamos que o ponto central da advertência de Jesus é o abandono da Primeira Caridade (Apocalipse, 2:4). Em sua abordagem sempre pragmática na investigação do Texto Profético, Paiva Netto elucida que o conceito da Primeira Caridade faz referência ao ímpeto inicial que é inspirado por um ideal de vida. O perigo no qual os cristãos em Éfeso caíram foi o esfriamento desse bom ideal, a perda do entusiasmo no decorrer do caminho devido a uma série de obstáculos: “Na Igreja de Éfeso, eles começaram muito bem. Digamos que estavam usando combustível de primeiríssima qualidade. Mas de uma hora para outra, por medida de ‘economia de palitos’, passaram a utilizar um de categoria inferior, com o qual o carro até anda, todavia engasga e por consequência estraga. Quer dizer, saíram vencendo com o Supino Ideal do Espírito, entretanto depois vieram as convocações do mundo, as lutas ideológicas doutrinárias dentro do próprio corpo da Igreja de Éfeso, entre outras questões que fizeram com que eles esfriassem um pouco.”
Frustrações, convites do mundo à distração, à queda moral e a lutas ideológicas são ainda questões muito presentes na existência dos seres espirituais e humanos. O leitor, ao passar por uma situação difícil na vida, por muitas vezes pode se identificar com os cristãos em Éfeso, sentindo desânimo ou pouca motivação para seguir. Qual a resposta para agir acertadamente, sem esmorecer, mantendo o ânimo firme diante dos desafios diários? Esse tópico tão crucial na exortação do Cristo à comunidade em Éfeso se destaca, assim, como de suma importância não apenas aos integrantes de todas as tradições de fé, mas também aos que não se consideram religiosos.
Por meio da análise ecumênica de Paiva Netto a respeito da mensagem de Jesus aos efésios, o leitor tem a oportunidade de se aprofundar no estudo sobre “O mérito que advém do arrependimento”, além de como “Resistir à passagem do tempo” e “Renovar nossos sentimentos” — capítulos que tratam de temas fundamentais da vida cotidiana sob o prisma da Espiritualidade Ecumênica: “Os integrantes da Igreja de Éfeso começaram sua caminhada a todo vapor, mas foram perdendo o fôlego. Jesus os adverte, porém observemos — a partir do versículo quinto [do] capítulo segundo do Apocalipse — que o Professor Celeste não fica apenas na admoestação. Apesar de Ele repreender esse povo por se esquecer da Primeira Caridade, em seguida ensina-lhe como dar a volta por cima e retornar à virtuosa realidade que conforta a Alma para todo o sempre, visto que é desse modo que o Educador Celeste age. (…) E o arrependimento é o primeiro passo para quem busca o perdão, mas não é suficiente. É indispensável realizar algo que suplante o remorso e demonstre o Amor.”
Um retrato social e atemporal da humanidade
Com uma experiência de quase setenta anos de estudo do Texto Sagrado, Paiva Netto defende que o Apocalipse anuncia uma profunda transformação social nascida da postura da própria humanidade, sendo ela boa ou não tão boa assim. Pela natureza de sua linguagem simbólica, o Livro da Revelação constitui fonte atemporal e indispensável de conhecimento acerca do comportamento humano, que, como esclarece o autor, tende a se repetir em padrões observáveis no decurso da História: “Necessária se torna a concepção de que uma decisiva mudança deva brotar primeiro na Alma de todos nós. A principal chave do sucesso, no decorrer do terceiro milênio, resume-se em cuidar do Espírito, reformar o ser humano, pois assim tudo será aperfeiçoado, tendo como luzeiro a tantas vezes menoscabada Fraternidade Universal, referida em último lugar no tripé ideológico da Revolução Francesa — 1º Liberdade, 2º Igualdade e 3º Fraternidade — logo devidamente esquecida, resultando no que se viu: depois de cortar a cabeça dos que consideravam adversários, os jacobinos passaram a guilhotinar-se entre si próprios.” Torna-se fundamental, portanto, na busca por trilhar caminhos acertados individual e coletivamente, o estudo esmerado das lições contidas no Último Livro da Bíblia Sagrada — e, de modo especial, nas cartas direcionadas por Jesus às Sete Igrejas da Ásia.
Em Jesus e as Sete Igrejas da Ásia — Éfeso, se debruce nesta análise profunda sobre a valiosa mensagem do Cristo à humanidade e encontre a chave para superar as dificuldades do caminho com ânimo forte e inabalável.
Sobre o autor
A Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, fundada em 1º de fevereiro de 2007 por José de Paiva Netto, Presidente-Pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, é composta pelo Instituto de Estudo, Pesquisa e Vivência do Novo Mandamento de Jesus e pelo Instituto de Estudo e Pesquisa da Ciência da Alma. A respeito de sua finalidade, assim define o seu idealizador: “Por meio da produção de conhecimento universal, isto é, divino e terreno, tem por objetivo dessectarizar a maneira como alguns veem o Cristo de Deus e o Cristianismo, ou seja, mostrar a influência e a aplicabilidade das lições ecumênicas e eternas do Acadêmico Celeste em todos os campos do saber espiritual-humano, apresentando-O de forma irrefragável à Humanidade — o que não se limita às fronteiras físicas.”
